FILARIOSE
- AGENTE ETIOLÓGICO: Wuchereria (diz: vulqueréria) bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori (que são nematóides, chamados de filórios.
- NOME VULGAR DA DOENÇA: elefantíase, devido ao aspecto pele de elefante que o paciente fica com esta doença.
- TRANSMISSOR: mosquitos dos gêneros Culex, Anopheles, Mansonia ou Aedes, presentes nas regiões tropicais e subtropicais.
CICLO DE VIDA
- As larvas são transmitidas pela picada dos mosquitos Culex, Mansonia, Anopheles e Aedes e da mosca Chrysomya (conhecida como “mosca varejeira”).
- Da corrente sanguínea, elas dirigem-se para os vasos linfáticos, onde se maturam nas formas adultas sexuais.
- Após cerca de oito meses da infecção inicial (período pré-patente), começam a produzir microfilárias que surgem no sangue, assim como em muitos órgãos.
- O mosquito é infectado quando pica um ser humano doente.
- Dentro do mosquito as microfilárias modificam-se ao fim de alguns dias em formas infectantes, que migram principalmente para a cabeça do mosquito.
EPIDEMIOLOGIA
Segundo dados da OMS, afeta 120 milhões de pessoas em todo o mundo. Só afeta o ser humano (outras espécies afetam animais).
- O Wuchereria bancrofti existe na África, Ásia tropical, Caraíbas e na América do Sul incluindo Brasil.
- No Brasil o vetor primário e principal é o Culex quinquefasciatus.
- O parasita só se desenvolve em condições úmidas com temperatiras altas.
PROGRESSÃO E SINTOMAS
- O período de incubação pode ser de um mês ou vários meses.
- A maioria dos casos é assintomático, contudo existe produção de microfilárias e o indivíduo dissemina a infecção através dos mosquitos que o picam.
- A transmissão de microfilárias acontece geralmente à noite pelos vasos sanguíneos, podem levar a reação do sistema imunológico, como prurido, febre, mal estar, tosse, asma, fadiga, exantemas, adenopatias (inchaço dos glânglios linfáticos) e com inchaços nos membros, escroto ou mamas. Por vezes causa inflamação dos testículos (orquite).
- A longo prazo, a presença de vários pares do verme adultos nos vasos linfáticos, com fibrosação e obstrução dos vasos (formando nódulos palpáveis) pode levar a acumulações de linfa a montante das obstruções, com dilatação de vasos linfáticos alternativos e espessamente na pelo.
- Esta condição, dez a quinze anos depois, manifesta-se como aumento de volume grotesco das regiões afetadas, principalmente pernas e escrotos, devido à retenção de linfa.
- Os vasos linfáticos alargados pela linfa retida rompem-se, complicando a drenagem da linfa ainda mais. assim, as pernas tornam-se grossas, dando um aspecto semelhante a patas de elefante, descrito como elefantíase.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
- O diagnóstico é pela observação microscópica de microfilárias em amostras de sangue.
- É necessário recolher sangue de noite, de outro modo não serão encontradas.
- a ecografia permite detectar as formas adultas.
- a serologia pelo método ELISA também é útil.
- São usados antiparasíticos como mebendazole.
- É importante tratar as infecções secundárias.
PREVENÇÃO
- Há um programa da OMS que procura eliminar a doença com fármacos administrados como prevenção e inseticidas.
- é útil usar roupas que cubram o máximo possível da pele, repelentes de insetos e dormir protegido com redes.
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