segunda-feira, 30 de junho de 2008

LEITURA DO HEMOGRAMA

O hemograma tem 3 partes:

* ERITROGRAMA ou série vermelha

* LEUCOGRAMA ou série branca

* PLAQUETOGRAMA ou contagem de plaquetas

ERITROGRAMA

A HEMATOSCOPIA é feita com microscópio.

1.º Contagem de hemácias

No eritrograma o homem tem mais hemácias que a mulher.

HEMÁCIAS ABAIXO do valor de referência: OLIGOCITEMIA (anemia)

1.ª causa ANEMIA

A formação sanguínea : crista ilíaca e osso esterno, local das células jovens.

RETICULÓCITO é uma célula pouco antes de ser hemácia. O Reticulócito quando maduro vai para a corrente sanguínea e se torna hemácia.

LEUCEMIA é quando uma célula jovem não se divide só em 2, divide-se demais na corrente sanguínea (célula jovem).

Quando doa medula óssea utiliza anestesia geral.

Leucemia causa anemia e hemorragia.

Leucócito em alta quantidade _ Oligocitemia _ Plaquetas diminuídas

2.ª causa de Oligocitemia: anemia por excesso de destruição : ANEMIA FALCIFORME

1 anemia é causada por deficiência de ferro

170 Oligocitemia é causada por outras deficiências.

Excesso de Ferro mata.

Necessita dosagem. FERRITINA é o melhor exame para diagnosticar a ANEMIA FERROPRIVA.

O exame Ferro Sérico não é tão eficaz.

Diferença entre ANEMIA FALCIFORME: doença em 1 gene (hereditária) chamada também de TRAÇO FALCÊMICO.

DOENÇA FALCIFORME (portador jamais deve ter filho) 2 genes defeituosos. Muito mais grave.

No Teste de falcemia- homozigoto positivo 2 genes / heterozigoto (anemia falciforme) não dá. O teste falcêmico não é tão eficaz quanto a ELETROFORESE DE HEMOGLOBINA.

ELETROFORESE DE HEMOGLOBINA é o exame padrão ouro para detectar todos os tipos de falcemias (heterozigoto ou homozigoto). Feito uma vez na vida. Recentemente introduzido no Teste do pezinho.

Na anemia falciforme a hemácia doa oxigênio para passar pelas pequenas frestas. Acumulando no dedão do pé, fígado, rim, cérebro, tecidos substâncias ? .

POLICITEMIA: número de hemácias ACIMA do valor de referência. O sangue fica viscoso.

Causa:

* FUMANTES: libera monóxido de carbono, gruda na hemácia, organismo entende que não tem oxigênio e produz mais hemácias.

* Em altitudes elevadas, concentração de oxigênio mais raro (ex. La Paz), organismo produz mais hemácias para que possa capturar mais oxigênio.

* Em crianças até os 3 primeiros anos é necessário ter muitas hemácias. No útero, cordão umbilical extrai o oxigênio da mãe (hemoglobina fetal).

O valor de referência deve variar.

ANAMNESE extrai o máximo de informações.

DEFICIÊNCIA DE FERRO organismo aumenta o número de hemácias.

Quando encontrar Anemia e Policitemia ao mesmo tempo é deficiência de ferro.

HEMOGLOBINA

É o principal índice do eritrograma. Deve ser o primeiro a ser olhado ao anasilar o eritrograma.

ABAIXO do valor de referência: ANEMIA

ACIMA: POLICITEMIA

HEMATÓCRITO

O hematócrito pode ser Baixo, normal ou alto(a leitura).

Leitura Preciosa em emergências do hospital.

Coloca no tubo sangue totalmente. Na centrífuga Hemácias se concentram embaixo e plasma em cima.

HEMATÓCRITO BAIXO: Ou hemácia ta baixo ou plasma ta baixo. Ex.: tomando soro eleva o plasma.

HEMATÓCRITO ALTO: Aumento no volume de hemácias e diminuição do plasma. Ex.: pessoa queimada perde líquido corpóreo (plasma).

Na Anemia falciforme: anemia com excesso de destruição de hemácias: HEMATÓCRITO BAIXO.

Na anemia ferropriva : HEMATÓCRITO ALTO ou NORMAL

Pessoa levou facada: HEMATÓCRITO NORMAL (pois perde tanto plasma quanto hemácias). Após sutura o organismo pega água do corpo de onde pode: HEMATÓCRITO ? .

HEMATÓCRITO ALTO: hemorragia interna repor com plasma.

Na doação se sangue a bolsa é dividida em 3 partes:

* Papa de hemácias

* Plaquetas

* Plasma

HEMATÓCRITO BAIXO: repor papa de hemácias.

HEMATÓCRITO ALTO e POLICITEMIA: sangria de 3 em 3 horas

POLICITEMIA GENÉTICA: fazer quimioterapia.

Quem nasce com ela é Policitemia Vera.

V.C.M. (VOLUME CRPUSCULAR MÉDIO)

Mede o volume (tamanho) das hemácias.

ABAIXO do valor de referência: MICROCITOSE.

Hemoglobina baixa com V.C.M. Fazer exame Ferritina (padrão ouro) para ter certeza da deficiência de ferro.

2 principais anemias : ANEMIA FERROPRIVA (hemoblobina e V.C.M. baixo).

TALASSEMIA: anemia genética (caucasiana, brancos).

O exame complementar para se certificar de talassemia é a ELETROFORESE.

NORMOCITOSE: volume dentro do valor de referência. Pode ser qualquer tipo de anemia.

MACROCITOSE: V.C.M. acima dos valores de referência.

Anemia por deficiência de vitamina B12 (comum em idosos, mulheres da cor branca). anemia por deficiência de vitamina, de ácido fólico.

HEMOGLOBINA BAIXA: anemia

V.C.M. alto: deficiência de vitamina B12 e/ ou ácido fólico (dosar p saber qual). Na prática: combirom, biotônico.

HEMOGLOBINA baixa: anemia

V.C.M. baixo: talassemia ou ferropriva

REVISÃO

HEMOGLOBINA baixa: anemia

para saber que tipo olhar o V.C.M.

V.C.M. baixo: ferropriva ou talassemia

para saber fazer exame ferritina

A fonte principal da vitamina B12 é o leite e derivados. O leite quela o ferro e sai nas fezes.

Homem (adulto) não tem anemia ferropriva. Neoplasia...se algum homem apresentar anemia ferropriva está parasitado por Stongyloides stercorales ou Ancilostoma duodenale.

A mulher que não menstrua não tem anemia feropriva.

Mulher grávida: Hemoglobina baixo e V.C.M alto

H.C.M – HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA ( ou é baixa ou é normal)

Baixo: HIPOCROMIA= ferropriva e talassemia

HEMOGLOBINA baixo: anemia

V.C.M baixo

H.C.M baixo= talassemia e feropriva

fazer exame ferritina

Normal: NORMOCROMIA = todas as anemias. Pode ser associação de anemias.

C.H.C.M – CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA

Mede a concentração. Igual a H.C.M.

R.D.W – VARIAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DAS HEMÁCIAS

Acompanha o V.C.M na avaliação do volume (tamanho) das hemácias. Mede a diferença de tamanho entre as hemácias.

Valor ideal para que todas sejam idênticas: 0%

Todas diferentes: 100% de variação

Normal de 11% - 15%

R.D.W alto= variação de tamanho das hemácias. ANISOCITOSE acima de 15%

Ex.:

Anemia Ferropriva crônica: R.D.W normal

HEMOGLOBINA baixo

V.C.M baixo

HEMÁCIAS baixo

Tomou sulfato ferroso e fez exame após 1 mês:

V.C.M normal

Ver o R.D.W aumentado (micro-antigas 120 dias} e normais-as novas)

Gestante com deficiência de ferro (Micro) e folato (Macro): R.D.W alto

O R.D.W é fundamental para acompanhar o tratamento de anemia carencial (deficiência de ferro, folato e B 12).

Excesso de destruição de hemácias: Anemia Falciforme = R.D.W altíssimo.

O tratamento é a Papa de hemácia

O reticulócito é bem maior que a hemácial normal.

HEMÓLISE- destruição de hemácias.

Falciforme

Quernicteros- cristais de bilirrubina armazenados no cérebro por estar preso pela anemia falciforme.

A bilirrubina é destruída na luz.

Recém nascido 6%

Adulto1%

Falciforme 80%


ANISOCITOSE – variação do tamanho das hemácias

POIQUILOCITOSE

Variação Da Forma Das Hemácias.

* DREPANÓCITOS: hemácias em foices. Anemia falciforme ou doença falciforme.

* HEMÁCIAS EM ALVO / CODÓCITOS: aparece na anemia falciforme, talassemia e nas Doenças do Fígado.

Indivíduo com: HEMOGLOBINA baixa: ANEMIA

V.C.M baixo: MICROCITOSE

H.C.M baixo: HIPOCROMIA

Indica___________Þ Talassemia – ferropriva

Para saber diferenciar sem ferritina é encontrar as CÉLULAS EM ALVO.

* ELIPTÓCITOS: aparece em duas situações:

Anemias carenciais (B12, ácido fólico (folato) e ferropriva) que indica deficiência na alimentação.

Anemias genéticas (ELIPTOCITOSE CONGÊNITA). A anemia é genética quando encontramos mais de 70% dessas células. 4 cruzes (+ + + +) aparece quando o indivíduo tem eliptocitose congênita.

PS: Raras: uma cruz(+)

Moderadas ou algumas: 2 cruzes (+ +) é carencial.

Em toda anemia congênita o tratamento eficaz é a retirada do baço.

Toda vez que a célula eliptócita entra no baço é fagocitada. Toda vez que encontrar indivíduo com barriga grande, inchada, amarelado ver schistosoma ou eliptocitose congênita.

Alguns laboratórios não fazem leituras morfológicas.

* DACRIÓCITO / Hemácias em forma de lágrima: aparece em duas situações:

Aplasia medular ou Hipoplasia de medula (numerosos ou + + + +) é quando a medula para de produzir hemácias, fica seca. Câncer no osso (exposição ao sol, raio X, vírus da hepatite B (provoca câncer oncogênito), Vírus do HIV, HTLV, vírus linfotrópico de células T (linfócito T).

Anemias carenciais (B12, ferro, folato) quando for raras ou moderadas.

* ESFERÓCITOS: Hemácias na forma de esfera, péssimo para conduzir oxigênio.

Numerosas- defeito genético (ESFEROCITOSE CONGÊNITA) anemia genética. Tratamento retirada do baço.

Algumas ou raras – doenças auto-imunes. Ex.: artrite reumatóide, LUPOS ( doença auto-imune pode aparecer esferócitos).

Mulheres q tomam hormônio desenvolvem doença auto-imune.

Doença de GREIVES (Hipertireoidismo)

Tireoidite ou doença hachimoto (Hipotireoidismo – cabelo cai, metabolismo diminui).

PRESENÇA DE INCLUSÕES

Dentro da hemácia existem inclusões citoplasmáticas. A presença de inclusão dá o diagnóstico de Hipofunção Esplênica ( o Baço está mal).

Na doença falciforme o Baço não está bem; vai encontrar inclusões.

A presença de Eritroblastos (células jovens no sangue periférico) é sinal que a medula óssea está mandando células muito jovens na corrente sanguínea periférica. Tomar Papa de hemácia na veia.

CONTAGEM DE PLAQUETA

Abaixo: PLAQUETOPENIA

Causas: Câncer e metástase, Raio X, infecção viral. Quimioterapia, uso de solventes orgânicos (AAS não causa plaquetopenia). A qualidade é alterada para prevenção de trombose após cirurgia.

Plaqueta diminuída leva a hemorragia.

Acima: PLAQUETOSE

Causas: basicamente as síndromes Mieloproliferativas (leucemia).

Plaqueta em excesso leva a trombose (trombo).

Outros exames existem para saber a qualidade das plaquetas.

LEUCOGRAMA

1.º índice Contagem total (pega o pull central que recolheu da amostra)

Crianças normalmente tem leucócitos totais mais que o adulto.

Estrutura imunológica – defesas.

No útero ambiente estéril.

Se a pessoa tem 3000 a resposta imune é até 6000 (o dobro).

O Pull Marginal (da borda do vaso) responde prontamente a qualquer infecção.

Toda inflamação e infecção vai ser sediada por leucócitos.

LEUCÓCITOS abaixo: LEUCOPENIA

causas:

  • câncer
  • vírus (hepatite B, HIV, hplv...)
  • Raio X
  • Raio Ultravioleta
  • Solvente químicos
  • Medicamentos: DIPIRONA (anador), diclofenaco, cataflan, amoxilina, BENZETACIL, CLOROFENICOL (ANTIBIÓTICO), DORFLEX. Em uso agudo. Metil-Dopa, adalat – esse é o cara! é o que mais causa câncer.
  • Suspende o uso faz novo leucograma, se resultado for normal foi o medicamento que apresentou a alteração.

Paracetamol detona o fígado. Medicamento é uma bomba!!!

Hematoterapia – retira sangue arterial e aplica no músculo.

LEUCÓCITO alto, toma antibiótico.

LEUCOCITOSE: aumento do número de leucócito do sangue periférico.

causa:

Infecção (qualquer tipo) tem agente causador. Toda infecção leva a inflamação. Inflamação a princípio não tem agente causador.

Febre é resposta de inflamação.

Mas nem toda inflamação leva a infecção.

Para saber se é infecção ou inflamação: HEMOGRAMA, CULTURA (fazer logo).


LEUCEMIAS: a diferença no leucograma da infecção para leucemia é que na infecção o número de leucócitos chega até 30.000 e na leucemia acima de 50.000 (na maioria 200.000 – quimioterapia faz aplasia dessa medula)


CONTAGEM DIFERENCIAL ENTRE OS TIPOS DE LEUCÓCITOS



NEUTRÓFILOS


NEUTRÓFILO abaixo: NEUTROPENIA

causa: as mesmas causas de leucopenia: Infecção – Inflamação – leucemia.

NEUTRÓFILO acima: NEUTROFILIA

acontece quando os leucócitos estão acima do valor de referência.

Causas: Infecção ou Inflamação bacteriana.

Passam antibiótico porque Neutrófilo aumentado representa bactérias.


EOSINÓFILO


EOSINÓFILO abaixo: EOSINOPENIA

Causas: as mesmas de leucopenia

EOSINÓFILO acima: EOSINOFILIA ou é parasitismo ou é alergia

Causas: Infecções parasitárias

Parasito intestinal (nem todos) os mais importantes: Ancilostomideo, Schistosoma, Strongyloides, Ascaris. Fazer parasitológico de Baerman.

Para diferenciar causas parasitárias de alergias, fazer Parasitológico de Baerman (somente strongyloides).

Alergia – dosagem de IGE sérico..

BASÓFILO

Não existe basofilopenia.

BASÓFILO acima: BASOFILIA

Aumentado acompanhando o Eosinófilo é leucemia.

LINFÓCITO abaixo: LINFOCITOPENIA

Causa: imunossupressão (infecção por HIV), uso de corticóides (polaramine), Celestamine).

LINFÓCITO acima: LINFOCITOSE

Causa: Infecção viral (gripe).


MONÓCITO


MONÓCITO abaixo: MONOCITOPENIA

Causas: mesmas da leucopenia, eosina, neutro, linfocitopenia.

MONÓCITO acima: MONOCITOSE

Causas duas situações: cura de uma infecção aguda.

Infecção por microbactérias (tuberculose e hanseníase)

Se nunca teve infecção e monócito alto indica tuberculose ou hanseníase. Fazer exame: Raio X do tórax é o padrão ouro.

Infecção viral pode virar infecção bacteriana.

Todo vírus causa imunossupressão.

Toda infecção aguda a resposta está no NEUTRÓFILO (1.º ataque, ataca o vírus, bactéria e corpo humano). Digere tudo que vê pela frente.

LINFÓCITO destrói células e lança anticorpos.

MONÓCITO faz a limpeza, recolhe...

Ex.:

A tuberculose

1ª defesa NEUTRÓFILO – provoca mancha no tecido

2ª LINFÓCITO – tenta e não consegue

3ª MONÓCITO – cicatriza o local

O diagnóstico: Índice / fecha o diagnóstico entre neutrófilos e monócitos.


MONÒCITO – a medula ta mandando célula jovem para o organismo.

BASTÕES – é uma célula mais jovem que os segmentados. Aumento do número de bastões e ao mesmo tempo leucocitose chamamos de Desvio a esquerda (infecção bacteriana).

Quanto mais jovem a célula aparecer no leucograma pior é a infecção do indivíduo.

APENDICITE – diagnóstico básico 1.º é toque e leucograma ( ao encontrar Leucocitose e Eosinopenia provavelmente é apêndice inflamado.

HEMATOLOGIA

Processo que ocorre quando os segmentos masculinos e os femininos se encontram e o espermatozóide penetra o óvulo: quando isso acontece, os núcleos dessas duas células haplóides (n23) fundem-se, formando a 1.ª célula diplóide (2n46) do novo ser vivo, o ovo ou zigoto.

Depois da fecundação, a célula ovo ou zigoto começa a sofrer um processo de divisão (mitose) originando várias células filhas.

HAPLÓIDE – 23 cromossomos

DIPLÓIDE – 46 cromossomos ou 23 pares de cromossomos

DIFERENCIAÇÃO OU ESPECIALIZAÇÃO CELULAR: processo de desenvolvimento pelo qual uma célula sofre modificações (morfológicas e fisiológicas) progressivas, no sentido de tornar-se mais especializada.

Quanto a diferenciação podemos classificar as células em:

  1. INDIFERENCIADAS ou TOTIPOTENTES: são células não especializadas. Ex.: zigoto células tronco.
  2. DIFERENCIADAS: são as células diferenciadas que voltaram a ser indiferenciadas. Ex.: células cancerosas, células de meristema secundário dos vegetais.

OBS: Quanto mais especializada for a célula, menor a sua capacidade de reprodução e regeneração.

Quanto ao grau de individualidade as células podem estar:

1. LIVRES : conseguem viver isoladamente. Ex.: hemácias

2. FEDERADAS: vivem coladas umas as outras. Ex.: células epiteliais.

3. ANASTOMOSADAS: vivem unidas através de anastomoses (são separações, pontos), ligaduras ou fios citoplasmáticos. Ex.: células ósseas.

HEMATOPOIESE

  • Processo de formação das células sanguíneas.
  • Os tecidos hematopoiéticos encontrados no indivíduo tem origem no período embrionário e fetal , por focos de hematopoiese transitórios, que podem ser divididos em 3 fases:

  1. PERÍODO MESOBLÁSTICO:
  • Inicia-se na quarta semana de gestação, no saco vitelínico;
  • São observados pequenos grupos de células individuais que se diferenciam em uma nova espécie de célula.
  • As células da periferia destes grupos celulares sofrem diferenciação e vão se tornando alongadas e achatadas formando pequenas vesículas.
  • No interior destas vesículas observa-se aglomerados celulares isolados banhados por certa quantidade de líquido (plasma).
  • Estas células do interior das vesículas podem desprender-se das paredes onde se encontram, tornam-se esféricas, transformando-se em precursores (que vai adiante) hematopoiéticos;
  • Os vasos aparecem simultaneamente, aumentam de volume se aproximam e confluem. Desta forma vão se formando vasos sanguíneos primitivos.

  1. PERÍODO HEPATO-ESPLÊNICO:
  • Inicia-se no fígado, na sexta semana de gestação e após 10 semanas a hematopoiese não mais é observada no saco vitelínico.
  • Com o crescimento da massa hematopoiética, o baço é povoado por estas células na 12.ª semana do desenvolvimento, permanecendo ativo até a 28.ª semana.

  1. PERÍODO MIELÓIDE:
  • A cavidade dos ossos aparece por volta da 10.ª semana de desenvolvimento e, rapidamente, torna-se o sítio exclusivo de proliferação de precursores das células sanguíneas.
  • Após o nascimento a hematopoiese é quase exclusiva na medula óssea, sendo a contribuição do baço e fígado muito pequena nesta fase.

A Medula Óssea (MO) pode ser dividida em duas categorias:

1. Medula óssea vermelha: produtora de célula.

2. Medula óssea amarela: não produtora de célula.

DISTRIBUIÇÃO DA MEDULA ÓSSEA HEMATOPOIÉTICA:

  1. No recém nascido: Durante os primeiros anos de vida a medula óssea produtora de célula (Medula óssea vermelha) está localizada em praticamente todos os ossos do corpo. A medida em que o indivíduo se desenvolve, ocorre uma concentração nos ossos centrais do esuqeleto.
  2. No adulto: Os principais ossos onde a medula óssea vermelha se localiza são os ossos do crânio, das vértebras (cada um dos ossos que formam a coluna), a epífise (extremidade de osso longo) dos ossos longos, o externo, as costelas e outros.

CIRCULAÇÃO


SISTEMA CARDIOVASCULAR: é composto por vasos sanguíneos e um coração.

VASOS SANGUÍNEOS:

  • São tubos de calibres variáveis
  • Podem ser divididos em: artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias.

ARTÉRIAS:

  • São vasos que conduzem o sangue do coração aos tecidos do corpo;
  • Envolvidas por tecidos musculares e elásticos, suportam a pressão do sangue em seu interior;
  • Capazes de contrair e distender. Pulsam no ritmo e na intensidade do coração;
  • Conforme a distância do coração, as artérias ramifica-me em arteríolas.

ARTERÍOLAS:

  • São artérias bastante finas que se ramificam em capilares.

CAPILARES:

  • Origem do latim cappilum, cabelo;
  • São tão finos que permitem a troca de gases e nutrientes entre células e corrente sanguínea.
  • Por apresentarem pequeníssimo diâmetro, obrigam o sangue a fluir mais lentamente, o que facilita as trocas entre eles e as células.

VÊNULAS:

  • Recolhem o sangue dos capilares e, ao unirem-se originam as veias.
  • Assim, os capilares (ou vênulas?) formam uma rede que conectam as arteríolas às veias.

VEIAS:

  • São vasos que conduzem o sangue do corpo ao coração.
  • São envoltas por músculos mais finos que os das artérias e recebem o sangue das vênulas sob baixa pressão;
  • Como o fluxo do sangue em seu interior é sempre contínuo, as veias não pulsam;
  • É o movimento do tecido muscular ao seu redor que faz o sangue retornar ao coração;

CORAÇÃO


  • É um órgão musculoso que se encontra no tórax, só o diafragma;
  • É composto por 4 câmara: 2 átrios e 2 ventrículos;
  • Entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo, a valva atrioventricular esquerda (válvula bicúspide ou mitral) deixa o sangue descer, mas impede-o de retornar;
  • Da mesma forma entre o átrio direito e o ventrículo direito, existe a valva atrioventricular direita (válvula tricúspide);
  • O músculo cardíaco, o miocárdio, é irrigado por vasos sanguíneos, os vasos coronarianos ou coronárias;
  • As veias cavas superior e inferior trazem o sangue de todo o corpo e desenbocam no átrio direito. As veias pulmonares trazem o sangue dos pulmões e desenbocam no átrio esquerdo;
  • Do ventrículo direito, saí a artéria pulmonar, levando sangue venoso aos pulmões. Do ventrículo esquerdo, a artéria aorta leva sangue oxigenado a todo o corpo.

COMO FUNCIONA O CORAÇÃO:

  • O coração pulsa independente de nossa vontade, pois é composto de tecido muscular estriado;
  • Ao pulsar, realiza sístole e diástole;

  1. SÍSTOLE: é a contração dos músculos. Em conseqüência, os ventrículos esvaziam seu conteúdo pelas artérias aorta e pulmonar. Após a sístole os ventrículos relaxam, preparando-se para receber o sangue que vem dos átrios.
  2. DIÁSTOLE: é o relaxamento dos músculos. Em conseqüência, os átrios enchem-se com o sangue trazido pelas veias cava e pulmonar. Após a diástole, os átrios contraem-se, as valvas atrioventriculares abrem-se e o sangue enche os ventrículos.

CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA:

1. PEQUENA CIRCULAÇÃO:

§ Também chamada de circulação pulmonar, ocorre entre o coração e os pulmões;

§ Serve para oxigenar o sangue.

§ Coração bombeia o sangue venoso pelo átrio direito, que segue para os pulmões pela artéria pulmonar. O sangue oxigenado retorna ao átrio esquerdo pelas vias pulmonares.


2. GRANDE CIRCULAÇÃO:

§ Também chamada de circulação sistêmica, ocorre entre o coração e o restante do corpo.

§ O sangue saí do ventrículo esquerdo, pela artéria aorta, levando oxigênio e nutrientes aos tecidos, e retorna ao átrio direito pelas vias cava superior e cava inferior.


CIRCULAÇÃO LINFÁTICA:

§ Quando ocorre troca entre os capilares e células, parte das substâncias do plasma fica retida no meio intersticial, isto é, no espaço existente entre eles. Esse plasma provisoriamente fora da circulação, é a linfa. Entretanto, a linfa logo estará de volta à circulação. Para que isso seja possível, uma outra circulação, a circulação linfática, recolhe a linfa e, pelos vasos linfáticos, devolve-a à circulação sanguínea.

§ Os vasos linfáticos conduzem a linfa de todo o corpo até o tórax, drenando o seu conteúdo por um canal, o ducto torácico que liga-se a veia subclávia que recoloca a linfa na circulação sanguínea.

§ No trajeto, dentro dos vasos linfáticos, a linfa passa por linfonodos, que são aglomerados de tecidos linfóides (produtores de linfócitos), onde possíveis substâncias e organismos podem ser removidos.

O SANGUE


CONCEITO: É uma suspensão de células num líquido complexo, o plasma. É um meio “líquido” que flui pelo sistema circulatório. Tecido de importância fundamental Para sobrevivência.

FUNÇÃO:

1. Transporta oxigênio e outros nutrientes como glicose, aminoácidos, proteínas, gorduras, água e elementos minerais até as células do organismo e remove o dióxido de carbono e outros resíduos do metabolismo celular para destoxificação ou eliminação;

2. Participa do ajuste do teor de água dos diversos compartimentos do organismo;

3. Distribui os hormônios produzidos pelas glândulas endócrinas;

4. Participar dos mecanismos de regulação da temperatura corporal;

5. Concentra um importante sistema de defesa do organismo contra agentes invasores de diversas naturezas, incluindo-se bactérias e agentes químicos;

6. Participa da detoxificação, transporte e eliminação de susbtâncias absorvidas pelo organismo, inclusive agente farmacológicos, promovendo a sua eliminação, através dos pulmões, dos rins e pelas fezes.

CONSTITUINTES: Plasma, células (Glóbulos vermelhos: hemácias / Glóbulos brancos: leucócitos) e plaquetas.

VOLUME

1. O volume de sangue existente no sistema circulatório é chamado de volemia e tem relação com a idade, o peso e a massa corpórea do indivíduo.

2. Um adulto pode ter de 4 a 6 litros de sangue no organismo.

3. O volume de sangue na idade adulta corresponde à aproximadamente 60ml para cada Kg.

4. O volume de sangue é maior em criança do que adulto. Um recém nascido tem aproximadamente 85ml de sangue para cada Kg.

OS CONSTITUINTES SANGUINÁRIOS

O PLASMA

Constitui a fase líquida do sangue. É um líquido viscoso, de tonalidade amarela pálida ou âmbar.

COMPOSIÇÃO: Em sua composição predomina a água, que constitui 91% do seu volume, os 9% restantes correspondem às diversas substâncias dissolvidas no plasma como aminoácidos, proteínas, hidratos de carbono, ácidos graxos, pigmentos, vitaminas, eletrólitos, elementos minerais e hormônios.

FUNÇÕES: Permite o livre intercâmbio de diversos dos seus componentes, principalmente a água, com o líquido intersticial e, através dele, com o líquido intracelular, para regular a composição química das células e assegurar os elementos necessários ao seu metabolismo.

HEMÁCIAS

· Também chamadas de ERITRÓCITOS ou GLÓBULOS VERMELHOS.

· São células que existem em maior quantidade com relação ao sexo:

1. Nos homens: cerca de 4,5 a 5,2 milhões de hemácias em cada milímetro de sangue;

2. Nas mulheres: a quantidade normal oscila entre 4,0 a 4,8 milhões.

· Seu principal constituinte é a HEMOGLOBINA que lhe confere a cor (entre rosa e pardo) e lhe permite transportar o oxigênio devido a sua capacidade de realizar ligações químicas com suas moléculas;

· Existe um excesso de membrana que, em relação ao conteúdo celular, permite à hemácia alterar sua forma na passagem pelos capilares do organismo, sem sofrer rotura;

FORMA: Normalmente tem forma de disco, mais delgado no centro (bicôncavo), motivo pelo qual mostram uma área central mais clara nas distensões coradas.

TEMPO DE VIDA DAS HEMÁCIAS:

  1. É relativamente curto;
  2. Duram em média 100 a 120 dias na circulação;
  3. Ao final desse período as suas membranas tornam-se frágeis.
  4. As mais velhas são removidas da circulação.

A DESTRUIÇÃO DAS HEMÁCIAS:

As células fagocitárias do baço, fígado, gânglios linfáticos e da própria medula óssea, encarregam-se de destruir as hemácias envelhecidas e lançam o ferro na circulação, para o seu reaproveitamento pelo organismo.

A PRODUÇÃO DE NOVAS HEMÁCIAS:

1. Para elaborar novas hemácias, a medula óssea aproveita os restos das hemácias envelhecidas e destruídas.

2. O ferro contido na hemoglobina é aproveitado para formar novas moléculas.

3. A produção das hemácias na medula óssea exige a presença de VITAMINA B12, de um fator da mucosa do estômago chamado FATOR INTRÍNSECO e o ÁCIDO FÓLICO.

QUANTIDADE DE HEMÁCIAS FORA DO PADRÃO PODE SER:

  1. ANEMIA: quando a quantidade de hemácias no sangue está DIMINUIDA.
  2. POLICITEMIA ou POLIGLOBULINA: quando existe um AUMENTO da quantidade de hemácias no sangue.

ANORMALIDADE NOS ERITRÓCITOS

ANISOCITOSE:

  • É o aumento da VARIEDADE DE TAMANHO eritrocitário que excede a observada em um indivíduo normal e sadio.
  • Ela é uma anormalidade inespecífica, comumente encontrada nas desordens hematológicas (alterações no sangue).
  • Nas contagens fornecidas por instrumentos automatizados, um aumento do RDW é indicativo de anisocitose.

MICROCITOSE

  • É a DIMINUIÇÃO do tamanho dos eritrócitos.
  • Os MICRÓCITOS são notados na distensão sanguínea quando o diâmetro dos eritrócitos é inferior a 7 – 7,2µ.
  • O núcleo do linfócito pequeno (leucócito), com diâmetro de aproximadamente 8,5µ, é um guia útil na avaliação do tamanho do eritrócito.
  • A microcitose pode ser geral ou pode acontecer em parte da população de hemácias.
  • Quando todas as hemácias ou a maioria são pequenas, há uma redução significante no VCM.
  • Os eritrócitos das crianças sadias são menores que dos adultos; o tamanho eritrocitário deve, portanto, ser interpretado de acordo com a idade do indivíduo.

ALGUMAS CAUSAS DE MICROCITOSE:

  • Deficiência de ferro;
  • Hipertireoidismo;
  • Intoxicação por chumbo, alumínio, etc.

MACROCITOSE

  • É o AUMENTO do tamanho dos eritrócitos.
  • É notada na distensão sanguínea pelo aumento do diâmetro celular.
  • A macrocitose pode ser geral (VCM ↑), ou afetar apenas uma parte da população de eritrócitos.
  • Os eritrócitos do recém nascido mostram acentuada macrocitose quando comparada com os do adulto.
  • Discreta macrocitose é uma das características fisiológicas da gravidez e também é encontrado em idosos.

ALGUMAS CAUSAS DE MACROCITOSE:

  • Anemia hemolítica, hemorragia, deficiência de vitamina B 12, deficiência de ácido fólico, ingestão de álcool, etc.

HIPOCRÔMICOS

Quando há diminuição da concentração de hemoglobina, o halo claro central aumenta de intensidade e de tamanho, tornando-se maior que 1/3.

HIPERCRÔMICOS

Ocorre quando a concentração da hemoglobina corpuscular média (CHCM) está acima da normalidade. Assim, é possível visualizar os eritrócitos bem corados, sem o halo claro no centro da célula.

ALTERAÇÕES NA COLORAÇÃO DOS ERITRÓCITOS

NORMOCRÔMICOS

São eritrócitos com conteúdo normal de hemoglobina, têm um centro claro que ocupa 1/3 do diâmetro da célula. No esfregaço pode observar discreta variação na intensidade no seu halo claro central, que varia entre as diferentes partes de um esfregaço.


POLICROMASIA

A policromasia ocorre quando os eritrócitos são maiores e há excesso de coloração, com tendência à cor cinza (nos corantes de rotina hematológica). Estes eritrócitos policromáticos são células jovens liberadas pela medula e que ainda não tomaram a forma de disco bicôncavo, por isso não têm a área central clara. Ex.: ocasionada por alguma alteração (hemorragia); necessidade de reposição do sangue.

ALTERAÇÃO NA FORMA DOS ERITRÓCITOS

As alterações morfológicas dos eritrócitos decorrem de três situações distintas: envelhecimento da célula, artefato técnico, patologias intra ou extra eritrocitárias.


Ø O envelhecimento dos eritrócitos está relacionado com suas atividades ao longo do seu período médio de vida (+ ou – 120 dias), onde os impactos físicos das células e os compostos químicos consumidos gradativamente durante o seu ciclo vital, provocam deformações na sua estrutura e, consequentemente, alterações morfológicas.

Ø O artefato técnico se deve a vários fatores, com destaque para: qualidade do esfregaço, qualidade da coloração, e sangue estocado, principalmente.

Ø As patologias intra ou extra-eritrocitárias que deformam os eritrócitos se devem principalmente a:

Ø a. Eritropoiese anormal(formação dos glóbulos vermelhos);

Ø b. Formação inadequada de hemoglobina;

Ø c. Lesões dos eritrócitos ao deixarem amedula óssea;

Ø d. Eritropoiese aumentada (pela necessidade de grande produção).

POIQUILOCITOSE

Termo usado para denominar variações nas formas dos eritrócitos. Estas células anormais são chamadas de poiquilócitos (hemácias deformadas).

As células com formas peculiares possuem denominações que as identificam, como definido abaixo:

  1. ESFERÓCITO: Célula aproximadamente esférica, por isso sem zona clara central, com contorno-regular.


  1. ELIPTÓCITOS E OVALÓCITOS: Eliptócitos são eritrócitos alongados e delgados, com concentração elevada de hemoglobina produzindo discreta hipercromia em várias células. Também são denominados por ovalócitos quando o eixo longitudinal do eritrócito é menos delgado.


  1. ESTOMATÓCITO: Célula com área estreita e alongada na região central. O termo stoma significa boca.


  1. EQUINÓCITO: Equinócito é um nome de origem grega referente ao ouriço do mar. Eritrócitos com espículas uniformemente distribuídas têm esta denominação.


  1. DACRIÓCITO: Célula com forma de lágrima ou gota, e o nome tem origem grega (dacry significa lágrima).


  1. CÉLULA EM ALVO: Eritrócito com área central corada intensamente pela condensação de hemoglobina, circundada por um anel claro e um anel periférico também corado, caracterizando a célula em alvo.


  1. DREPANÓCITO: Célula em forma de foice ou crescente.


  1. QUERATÓCITO: Célula com duas ou quatro projeções em corno.


  1. ACANTÓCITO: Célula com a superfície coberta por 2 a 20 projeções de forma e distribuição irregular.

DESORDENS DOS ERITRÓCITOS

A principal desordem da série eritróide é a anemia; a anemia é um nome de origem grega em que aima significa sangue e an indica falta de. Assim anaima é a raiz do nome anemia, que no idioma grego significa falta de sangue.

É um termo milenar, muito usado na medicina grega desde Hipócrates.

Atualmente, anemia é usado para pessoas que apresentam a concentração da hemoglobina diminuída:

  • Abaixo de 12,5 g/dl no homem;
  • Abaixo de 11,5 g/dl na mulher;
  • e abaixo de 11,0 g/dl em crianças.

É importante destacar que os valores acima apresentados podem diferir discretamente entre autores de livros, bem como entre diferentes países, e entre regiões de um mesmo país.

A manifestação clínica da anemia também é variável:

· Em pessoas com valores de hemoglobinas entre 9 e 10 g/dl, ela pode estar associada a uma discreta falta de ar, palpitações (taquicardia), e sudoração após exercícios.

· Quando a anemia se torna mais grave esses sintomas são mais intensos, e a capacidade de trabalho diminui. Nesses casos, a falta de ar é acentuada, bem como a taquicardia, além da dor de cabeça aos menores esforços.

· A palidez é visível quanto maior o grau da anemia.
· Outros sintomas e sinais que aparecem tem uma basefisiológica e inclui:
a) retenção de sódio suficiente para causar edema

b) perda de apetite;

c) indigestão, devido à limitação do fornecimento de oxigênio às células intestinais;

d) fraqueza e mal estar geral;

e) tontura;

f) sintomas e hipoxia do sistema nervoso central que incluem: insônia e incapacidade de raciocínio.

HEMATOLOGIA E HEMOGRAMA

LEITURA DO HEMOGRAMA


O hemograma tem 3 partes:

* ERITROGRAMA ou série vermelha

* LEUCOGRAMA ou série branca

* PLAQUETOGRAMA ou contagem de plaquetas

ERITROGRAMA


A HEMATOSCOPIA é feita com microscópio.

1.º Contagem de hemácias

No eritrograma o homem tem mais hemácias que a mulher.

HEMÁCIAS ABAIXO do valor de referência: OLIGOCITEMIA (anemia)

1.ª causa ANEMIA

A formação sanguínea : crista ilíaca e osso esterno, local das células jovens.

RETICULÓCITO é uma célula pouco antes de ser hemácia. O Reticulócito quando maduro vai para a corrente sanguínea e se torna hemácia.

LEUCEMIA é quando uma célula jovem não se divide só em 2, divide-se demais na corrente sanguínea (célula jovem).

Quando doa medula óssea utiliza anestesia geral.

Leucemia causa anemia e hemorragia.

Leucócito em alta quantidade _ Oligocitemia _ Plaquetas diminuídas

2.ª causa de Oligocitemia: anemia por excesso de destruição : ANEMIA FALCIFORME

1 anemia é causada por deficiência de ferro

170 Oligocitemia é causada por outras deficiências.

Excesso de Ferro mata.

Necessita dosagem. FERRITINA é o melhor exame para diagnosticar a ANEMIA FERROPRIVA.

O exame Ferro Sérico não é tão eficaz.

Diferença entre ANEMIA FALCIFORME: doença em 1 gene (hereditária) chamada também de TRAÇO FALCÊMICO.

DOENÇA FALCIFORME (portador jamais deve ter filho) 2 genes defeituosos. Muito mais grave.

No Teste de falcemia- homozigoto positivo 2 genes / heterozigoto (anemia falciforme) não dá. O teste falcêmico não é tão eficaz quanto a ELETROFORESE DE HEMOGLOBINA.

ELETROFORESE DE HEMOGLOBINA é o exame padrão ouro para detectar todos os tipos de falcemias (heterozigoto ou homozigoto). Feito uma vez na vida. Recentemente introduzido no Teste do pezinho.

Na anemia falciforme a hemácia doa oxigênio para passar pelas pequenas frestas. Acumulando no dedão do pé, fígado, rim, cérebro, tecidos substâncias ? .

POLICITEMIA: número de hemácias ACIMA do valor de referência. O sangue fica viscoso.

Causa:

FUMANTES: libera monóxido de carbono, gruda na hemácia, organismo entende que não tem oxigênio e produz mais hemácias.

* Em altitudes elevadas, concentração de oxigênio mais raro (ex. La Paz), organismo produz mais hemácias para que possa capturar mais oxigênio.

* Em crianças até os 3 primeiros anos é necessário ter muitas hemácias. No útero, cordão umbilical extrai o oxigênio da mãe (hemoglobina fetal).

O valor de referência deve variar.

ANAMNESE extrai o máximo de informações.

DEFICIÊNCIA DE FERRO organismo aumenta o número de hemácias.

Quando encontrar Anemia e Policitemia ao mesmo tempo é deficiência de ferro.

HEMOGLOBINA

É o principal índice do eritrograma. Deve ser o primeiro a ser olhado ao anasilar o eritrograma.

ABAIXO do valor de referência: ANEMIA

ACIMA: POLICITEMIA


HEMATÓCRITO


O hematócrito pode ser Baixo, normal ou alto(a leitura).

Leitura Preciosa em emergências do hospital.

Coloca no tubo sangue totalmente. Na centrífuga Hemácias se concentram embaixo e plasma em cima.

HEMATÓCRITO BAIXO: Ou hemácia ta baixo ou plasma ta baixo. Ex.: tomando soro eleva o plasma.

HEMATÓCRITO ALTO: Aumento no volume de hemácias e diminuição do plasma. Ex.: pessoa queimada perde líquido corpóreo (plasma).

Na Anemia falciforme: anemia com excesso de destruição de hemácias: HEMATÓCRITO BAIXO.

Na anemia ferropriva : HEMATÓCRITO ALTO ou NORMAL

Pessoa levou facada: HEMATÓCRITO NORMAL (pois perde tanto plasma quanto hemácias). Após sutura o organismo pega água do corpo de onde pode: HEMATÓCRITO ? .

HEMATÓCRITO ALTO: hemorragia interna repor com plasma.

Na doação se sangue a bolsa é dividida em 3 partes:

* Papa de hemácias

* Plaquetas

* Plasma

HEMATÓCRITO BAIXO: repor papa de hemácias.

HEMATÓCRITO ALTO e POLICITEMIA: sangria de 3 em 3 horas

POLICITEMIA GENÉTICA: fazer quimioterapia.

Quem nasce com ela é Policitemia Vera.

V.C.M. (VOLUME CRPUSCULAR MÉDIO)

Mede o volume (tamanho) das hemácias.

ABAIXO do valor de referência: MICROCITOSE.

Hemoglobina baixa com V.C.M. Fazer exame Ferritina (padrão ouro) para ter certeza da deficiência de ferro.

2 principais anemias : ANEMIA FERROPRIVA (hemoblobina e V.C.M. baixo).

TALASSEMIA: anemia genética (caucasiana, brancos).

O exame complementar para se certificar de talassemia é a ELETROFORESE.

NORMOCITOSE: volume dentro do valor de referência. Pode ser qualquer tipo de anemia.

MACROCITOSE: V.C.M. acima dos valores de referência.

Anemia por deficiência de vitamina B12 (comum em idosos, mulheres da cor branca). anemia por deficiência de vitamina, de ácido fólico.

HEMOGLOBINA BAIXA: anemia

V.C.M. alto: deficiência de vitamina B12 e/ ou ácido fólico (dosar p saber qual). Na prática: combirom, biotônico.

HEMOGLOBINA baixa: anemia

V.C.M. baixo: talassemia ou ferropriva

REVISÃO

HEMOGLOBINA baixa: anemia

para saber que tipo olhar o V.C.M.

V.C.M. baixo: ferropriva ou talassemia

para saber fazer exame ferritina

A fonte principal da vitamina B12 é o leite e derivados. O leite quela o ferro e sai nas fezes.

Homem (adulto) não tem anemia ferropriva. Neoplasia...se algum homem apresentar anemia ferropriva está parasitado por Stongyloides stercorales ou Ancilostoma duodenale.

A mulher que não menstrua não tem anemia feropriva.

Mulher grávida: Hemoglobina baixo e V.C.M alto

H.C.M – HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA ( ou é baixa ou é normal)

Baixo: HIPOCROMIA= ferropriva e talassemia

HEMOGLOBINA baixo: anemia

V.C.M baixo

H.C.M baixo= talassemia e feropriva

fazer exame ferritina

Normal: NORMOCROMIA = todas as anemias. Pode ser associação de anemias.

C.H.C.M – CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA

Mede a concentração. Igual a H.C.M.

R.D.W – VARIAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DAS HEMÁCIAS

Acompanha o V.C.M na avaliação do volume (tamanho) das hemácias. Mede a diferença de tamanho entre as hemácias.

Valor ideal para que todas sejam idênticas: 0%

Todas diferentes: 100% de variação

Normal de 11% - 15%

R.D.W alto= variação de tamanho das hemácias. ANISOCITOSE acima de 15%

Ex.:

Anemia Ferropriva crônica: R.D.W normal

HEMOGLOBINA baixo

V.C.M baixo

HEMÁCIAS baixo


Tomou sulfato ferroso e fez exame após 1 mês:

V.C.M normal

Ver o R.D.W aumentado (micro-antigas 120 dias} e normais-as novas)

Gestante com deficiência de ferro (Micro) e folato (Macro): R.D.W alto

O R.D.W é fundamental para acompanhar o tratamento de anemia carencial (deficiência de ferro, folato e B 12).

Excesso de destruição de hemácias: Anemia Falciforme = R.D.W altíssimo.

O tratamento é a Papa de hemácia

O reticulócito é bem maior que a hemácial normal.

HEMÓLISE- destruição de hemácias.

Falciforme

Quernicteros- cristais de bilirrubina armazenados no cérebro por estar preso pela anemia falciforme.

A bilirrubina é destruída na luz.

Recém nascido 6%

Adulto1%

Falciforme 80%

ANISOCITOSE – variação do tamanho das hemácias

POIQUILOCITOSE

Variação Da Forma Das Hemácias.

* DREPANÓCITOS: hemácias em foices. Anemia falciforme ou doença falciforme.

* HEMÁCIAS EM ALVO / CODÓCITOS: aparece na anemia falciforme, talassemia e nas Doenças do Fígado.

Indivíduo com: HEMOGLOBINA baixa: ANEMIA

V.C.M baixo: MICROCITOSE

H.C.M baixo: HIPOCROMIA

Indica___________Þ Talassemia – ferropriva

Para saber diferenciar sem ferritina é encontrar as CÉLULAS EM ALVO.

* ELIPTÓCITOS: aparece em duas situações:

Anemias carenciais (B12, ácido fólico (folato) e ferropriva) que indica deficiência na alimentação.

Anemias genéticas (ELIPTOCITOSE CONGÊNITA). A anemia é genética quando encontramos mais de 70% dessas células. 4 cruzes (+ + + +) aparece quando o indivíduo tem eliptocitose congênita.

PS: Raras: uma cruz(+)

Moderadas ou algumas: 2 cruzes (+ +) é carencial.

Em toda anemia congênita o tratamento eficaz é a retirada do baço.

Toda vez que a célula eliptócita entra no baço é fagocitada. Toda vez que encontrar indivíduo com barriga grande, inchada, amarelado ver schistosoma ou eliptocitose congênita.

Alguns laboratórios não fazem leituras morfológicas.

* DACRIÓCITO / Hemácias em forma de lágrima: aparece em duas situações:

Aplasia medular ou Hipoplasia de medula (numerosos ou + + + +) é quando a medula para de produzir hemácias, fica seca. Câncer no osso (exposição ao sol, raio X, vírus da hepatite B (provoca câncer oncogênito), Vírus do HIV, HTLV, vírus linfotrópico de células T (linfócito T).

Anemias carenciais (B12, ferro, folato) quando for raras ou moderadas.

* ESFERÓCITOS: Hemácias na forma de esfera, péssimo para conduzir oxigênio.

Numerosas- defeito genético (ESFEROCITOSE CONGÊNITA) anemia genética. Tratamento retirada do baço.

Algumas ou raras – doenças auto-imunes. Ex.: artrite reumatóide, LUPOS ( doença auto-imune pode aparecer esferócitos).

Mulheres q tomam hormônio desenvolvem doença auto-imune.

Doença de GREIVES (Hipertireoidismo)

Tireoidite ou doença hachimoto (Hipotireoidismo – cabelo cai, metabolismo diminui).

PRESENÇA DE INCLUSÕES

Dentro da hemácia existem inclusões citoplasmáticas. A presença de inclusão dá o diagnóstico de Hipofunção Esplênica ( o Baço está mal).

Na doença falciforme o Baço não está bem; vai encontrar inclusões.

A presença de Eritroblastos (células jovens no sangue periférico) é sinal que a medula óssea está mandando células muito jovens na corrente sanguínea periférica. Tomar Papa de hemácia na veia.