PRINCÍPIO DO TESTE
As lipoproteínas de baixa densidade (LDL) na amostra analisada são precipitadas pelo polivinil sulfato. Após a centrifugação, o colesterol do sobrenadante é determinado espectrofotometricamente pela reação de Trinder. A concentração de Colesterol LDL é calculada através da diferença entre o Colesterol Total do soro e o Colesterol do sobrenadante obtido após a precipitação da LDL.
APLICAÇÃO CLÍNICA
AMOSTRA
Preparo do Paciente
Colher sangue pela manhã após jejum de 12 horas para evitar a interferência da lipemia pós-prandial, que geralmente está presente em amostras obtidas sem jejum.
Amostras utilizadas
SORO.
Evitar congelamentos e descongelamentos repetidos da amostra.
Não utilizar amostras hemolisadas.
Estabilidade e armazenamento da amostra
O analito é estável 4 dias entre 2-8°C. Recomenda-se realizar o teste logo após a obtenção da amostra.
Volume ideal utilizado para análise
(Definir o volume ideal a ser encaminhado para análise).
Volume mínimo utilizado para análise
(Definir o volume mínimo a ser encaminhado para análise).
Critérios para rejeição da amostra
Amostras hemolisadas.
Fazer referência ao manual ou POP de coleta, separação e distribuição de material.
EQUIPAMENTOS
PROCEDIMENTO
1- Precipitação: Pipetar em um tubo de centrífuga: Ver NOTA 1.
Soro | 0,4 mL |
Precipitante | 0,2 mL |
Misturar bem e deixar durante 15 minutos à temperatura ambiente.
Centrifugar por 15 minutos a 4.000 rpm. Recolher com cuidado o sobrenadante. Ver NOTA 2.
2- Colorimetria
Deixar o Reagente de Cor eo Padrão do kit de Colesterol atingir a temperatura ambiente.
| Branco | Padrão | Teste |
Água deionizada | 20 mL | ------------- | ------------- |
Padrão de Colesterol | ------------- | 20 mL | ------------- |
Sobrenadante | ------------- | ------------- | 20 mL |
Reagente de Cor | 1000 mL | 1000 mL | 1000 mL |
Misturar bem e incubar os tubos por 10 minutos a 37°C ou por 30 minutos à temperatura ambiente.
Fazer as leituras fotométricas do Padrão e do Teste em 500 nm contra o Branco.
A cor é estável por 30 minutos.
NOTAS
1- Os volumes de soro e precipitante podem ser modificados, desde que se mantenha a proporção.
2- O sobrenadante deve ser completamente límpido. No caso de persistir a turbidez ou se não obter uma boa sedimentação do precipitado, adicionar mais 0,2 mL de Precipitante, misturar bem e centrifugar de novo. Multiplicar o resultado obtido por 1,3 para corrigir a diluição efetuada.
CÁLCULOS
Atenção: Esta metodologia dosa o Colesterol HDL e o VLDL presentes no sobrenadante, portanto para se obter a concentração do Colesterol LDL é preciso dosar também o Colesterol Total da amostra. Por diferença tem-se a concentração do Colesterol LDL.
Colesterol LDL = Colesterol Total – Colesterol do Sobrenadante (HDL + VLDL)
Cálculos
A concentração de colesterol no sobrenadante é calculada levando em conta a diluição sofrida pela amostra no processo de precipitação. Como foi utilizado 0,4 mL de soro + 0,2 mL de Precipitante, a amostra foi diluída a 1 para 1,5, logo o resultado final deve ser multiplicado por 1,5.
Colesterol LDL = Colesterol Total – Colesterol no Sobrenadante
Cp = Concentração do Padrão (Ver concentração do Padrão indicada no rótulo do frasco)
Ct = Concentração do Teste Absorbância do Padrão = Ap Absorbância do Teste = At
Calcular a concentração do teste através do Fator de Calibração (FC).
FC =
Exemplo: Cp = 200 mg/dL Ap = 0,310 At = 0,131 FC = 200 ¸ 0,310 = 645
Ct = FC x At = 645 x 0,131 x 1,5 = 127 mg/dL de colesterol no sobrenadante
Colesterol LDL = Colesterol total - Colesterol no sobrenadante (HDL + VLDL)
Se Colesterol Total da amostra = 266 mg/dL LDL colesterol = 266 - 127 = 139 mg/dL
RESULTADOS
Unidade de Medida: mg/dL
Fator de Conversão de Unidades (mg/dL para SI): mmol/L de LDL = mg/dL de LDL x 0,026
CONTROLE DA QUALIDADE
VALORES DE REFERÊNCIA
Colesterol | Valor Desejável (mg/dL) | Risco Moderado (mg/dL) | Alto Risco (mg/dL) |
Total | <> | | ³ 240 |
LDL | <> | | ³ 160 |
HDL (m) | > 55 | 35-55 | <> |
HDL (f) | > 65 | 45-65 | <> |
m = sexo masculino f = sexo feminino
SIGNIFICADO CLÍNICO
As lipoproteínas de baixa densidade (LDL = Low Density Lipoproteins) são as principais proteínas de transporte do colesterol. É a partícula mais aterogênica do sangue, pois contém cerca de dois terços de todo colesterol plasmático. São formadas na circulação a partir das VLDL (lipoproteínas de muito baixa densidade) e provavelmente, pela degradação dos quilomicrons.
A determinação da fração do colesterol ligado à LDL é útil na avaliação do risco de doença coronariana.
A taxa de Colesterol LDL é portanto, um fator de risco direto com a doença arterial coronariana (DAC), isto é, quanto maior o seu teor na circulação maior é a probabilidade do indivíduo desenvolver essa doença. Valores elevados de Colesterol LDL estão associados com risco aumentado de DAC.
Ao contrário, o Colesterol HDL está relacionado inversamente com o fator de risco, isto é, quanto maior o seu teor na circulação menor o risco de DAC. O Colesterol HDL exerce um efeito protetor contra a aterosclerose. O colesterol juntamente com o fumo, hipertensão e intolerância à glicose são quatro grandes fatores para o desenvolvimento da DAC.
Valores aumentados de LDL são encontrados em diabetes melito, hipotireoidismo, hepatopatias, doença de Cushing, hiperlipoproteinemia do tipo II, síndrome nefrótica, gravidez, mieloma múltiplo, uso de drogas como esteróides anabólicos, anticoncepcionais orais, catecolaminas, corticosteróides glicogênicos, anti-hipertensivos betabloqueadores, carbamazepina.
VALORES CRÍTICOS
LINEARIDADE E LIMITE DE DETECÇÃO
LIMITAÇÕES DO MÉTODO
Interferências
A lipemia (triglicérides até 1000 mg/dL) não interfere. A hemólise (hemoglobina acima de 500 mg/dL) e bilirrubina (acima de 10 mg/dL) podem interferir.
Alguns medicamentos e substâncias podem interferir4.
Nenhum comentário:
Postar um comentário