segunda-feira, 30 de junho de 2008

PARASITAS SANGUINÁRIOS E TECIDUAIS



FILARIOSE

  1. AGENTE ETIOLÓGICO: Wuchereria (diz: vulqueréria) bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori (que são nematóides, chamados de filórios.
  2. NOME VULGAR DA DOENÇA: elefantíase, devido ao aspecto pele de elefante que o paciente fica com esta doença.
  3. TRANSMISSOR: mosquitos dos gêneros Culex, Anopheles, Mansonia ou Aedes, presentes nas regiões tropicais e subtropicais.

CICLO DE VIDA

  • As larvas são transmitidas pela picada dos mosquitos Culex, Mansonia, Anopheles e Aedes e da mosca Chrysomya (conhecida como “mosca varejeira”).
  • Da corrente sanguínea, elas dirigem-se para os vasos linfáticos, onde se maturam nas formas adultas sexuais.
  • Após cerca de oito meses da infecção inicial (período pré-patente), começam a produzir microfilárias que surgem no sangue, assim como em muitos órgãos.
  • O mosquito é infectado quando pica um ser humano doente.
  • Dentro do mosquito as microfilárias modificam-se ao fim de alguns dias em formas infectantes, que migram principalmente para a cabeça do mosquito.

EPIDEMIOLOGIA

Segundo dados da OMS, afeta 120 milhões de pessoas em todo o mundo. Só afeta o ser humano (outras espécies afetam animais).

  1. O Wuchereria bancrofti existe na África, Ásia tropical, Caraíbas e na América do Sul incluindo Brasil.
  2. No Brasil o vetor primário e principal é o Culex quinquefasciatus.
  3. O parasita só se desenvolve em condições úmidas com temperatiras altas.

PROGRESSÃO E SINTOMAS

  • O período de incubação pode ser de um mês ou vários meses.
  • A maioria dos casos é assintomático, contudo existe produção de microfilárias e o indivíduo dissemina a infecção através dos mosquitos que o picam.
  • A transmissão de microfilárias acontece geralmente à noite pelos vasos sanguíneos, podem levar a reação do sistema imunológico, como prurido, febre, mal estar, tosse, asma, fadiga, exantemas, adenopatias (inchaço dos glânglios linfáticos) e com inchaços nos membros, escroto ou mamas. Por vezes causa inflamação dos testículos (orquite).
  • A longo prazo, a presença de vários pares do verme adultos nos vasos linfáticos, com fibrosação e obstrução dos vasos (formando nódulos palpáveis) pode levar a acumulações de linfa a montante das obstruções, com dilatação de vasos linfáticos alternativos e espessamente na pelo.
  • Esta condição, dez a quinze anos depois, manifesta-se como aumento de volume grotesco das regiões afetadas, principalmente pernas e escrotos, devido à retenção de linfa.
  • Os vasos linfáticos alargados pela linfa retida rompem-se, complicando a drenagem da linfa ainda mais. assim, as pernas tornam-se grossas, dando um aspecto semelhante a patas de elefante, descrito como elefantíase.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

  • O diagnóstico é pela observação microscópica de microfilárias em amostras de sangue.
  • É necessário recolher sangue de noite, de outro modo não serão encontradas.
  • a ecografia permite detectar as formas adultas.
  • a serologia pelo método ELISA também é útil.
  • São usados antiparasíticos como mebendazole.
  • É importante tratar as infecções secundárias.

PREVENÇÃO

  • Há um programa da OMS que procura eliminar a doença com fármacos administrados como prevenção e inseticidas.
  • é útil usar roupas que cubram o máximo possível da pele, repelentes de insetos e dormir protegido com redes.

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