domingo, 20 de julho de 2008

COLESTEROL LDL-PP

PRINCÍPIO DO TESTE


As lipoproteínas de baixa densidade (LDL) na amostra analisada são precipitadas pelo polivinil sulfato. Após a centrifugação, o colesterol do sobrenadante é determinado espectrofotometricamente pela reação de Trinder. A concentração de Colesterol LDL é calculada através da diferença entre o Colesterol Total do soro e o Colesterol do sobrenadante obtido após a precipitação da LDL.











APLICAÇÃO CLÍNICA

A dosagem do LDL Colesterol no sangue é empregada para avaliar o fator de risco do paciente para desenvolver a doença arterial coronariana (DAC). Quanto maior o seu teor de LDL Colesterol na circulação maior é a probabilidade do indivíduo desenvolver essa doença. Valores elevados de Colesterol LDL estão portanto associados com risco aumentado de DAC.

AMOSTRA

Preparo do Paciente

Colher sangue pela manhã após jejum de 12 horas para evitar a interferência da lipemia pós-prandial, que geralmente está presente em amostras obtidas sem jejum.

Amostras utilizadas

SORO.

Evitar congelamentos e descongelamentos repetidos da amostra.

Não utilizar amostras hemolisadas.

Estabilidade e armazenamento da amostra

O analito é estável 4 dias entre 2-8°C. Recomenda-se realizar o teste logo após a obtenção da amostra.

Volume ideal utilizado para análise

(Definir o volume ideal a ser encaminhado para análise).

Volume mínimo utilizado para análise

(Definir o volume mínimo a ser encaminhado para análise).

Critérios para rejeição da amostra

Amostras hemolisadas.

Fazer referência ao manual ou POP de coleta, separação e distribuição de material.




CUIDADOS E PRECAUÇÕES ESPECIAIS

1- O kit destina-se somente para uso diagnóstico in vitro.

2- Aplicar os cuidados habituais de segurança na manipulação dos reagentes e amostra biológica. Fazer referência ao manual ou POP de segurança.

1- Recomendamos o uso das Boas Práticas em Laboratório Clínico para a execução do teste.

2- De acordo com as instruções de biossegurança, todas as amostras devem ser manuseadas como materiais potencialmente infectantes.

3- Descartar os reagentes e as amostras de acordo com as resoluções normativas locais, estaduais e federais de preservação do meio ambiente.

4- Recomendamos o uso de equipamentos de proteção individual (EPI) como avental, óculos de segurança, luvas descartáveis e outros que se fizerem necessários para a realização do teste.

5- Não deve ser utilizada a boca para pipetagem de reagentes, amostra ou qualquer outra substância.

6. A observação rigorosa da pipetagem, da estabilidade dos reagentes e da limpeza da vidraria é de extrema importância para se obter resultados exatos e precisos.


EQUIPAMENTOS

Procedimento Técnico Manual

· Banho-Maria a 37ºC

· Espectrofotômetro para leituras em 500 nm

· Pipetas automáticas

· Cronômetro

Procedimento Técnico Automatizado

Citar nome, modelo e o local onde se encontra o equipamento; Fazer referência ao manual ou POP para utilização do mesmo.

Procedimento Técnico Alternativo

Citar o equipamento alternativo e os procedimentos para medição dos ensaios. Indicar as possíveis diferenças quando os procedimentos manuais substituírem os procedimentos automatizados.


PROCEDIMENTO

Procedimento Técnico Manual

1- Precipitação: Pipetar em um tubo de centrífuga: Ver NOTA 1.

Soro

0,4 mL

Precipitante

0,2 mL

Misturar bem e deixar durante 15 minutos à temperatura ambiente.

Centrifugar por 15 minutos a 4.000 rpm. Recolher com cuidado o sobrenadante. Ver NOTA 2.

2- Colorimetria

Deixar o Reagente de Cor eo Padrão do kit de Colesterol atingir a temperatura ambiente.


Branco

Padrão

Teste

Água deionizada

20 mL

-------------

-------------

Padrão de Colesterol

-------------

20 mL

-------------

Sobrenadante

-------------

-------------

20 mL

Reagente de Cor

1000 mL

1000 mL

1000 mL


Misturar bem e incubar os tubos por 10 minutos a 37°C ou por 30 minutos à temperatura ambiente.

Fazer as leituras fotométricas do Padrão e do Teste em 500 nm contra o Branco.

A cor é estável por 30 minutos.

NOTAS

1- Os volumes de soro e precipitante podem ser modificados, desde que se mantenha a proporção.

2- O sobrenadante deve ser completamente límpido. No caso de persistir a turbidez ou se não obter uma boa sedimentação do precipitado, adicionar mais 0,2 mL de Precipitante, misturar bem e centrifugar de novo. Multiplicar o resultado obtido por 1,3 para corrigir a diluição efetuada.

Procedimento em Analisadores Automáticos

Mencionar o manual ou POP para utilização do equipamento analítico. Anexar o guia de aplicação dos reagentes para o sistema automático.


CÁLCULOS

Atenção: Esta metodologia dosa o Colesterol HDL e o VLDL presentes no sobrenadante, portanto para se obter a concentração do Colesterol LDL é preciso dosar também o Colesterol Total da amostra. Por diferença tem-se a concentração do Colesterol LDL.

Colesterol LDL = Colesterol Total – Colesterol do Sobrenadante (HDL + VLDL)

Cálculos

A concentração de colesterol no sobrenadante é calculada levando em conta a diluição sofrida pela amostra no processo de precipitação. Como foi utilizado 0,4 mL de soro + 0,2 mL de Precipitante, a amostra foi diluída a 1 para 1,5, logo o resultado final deve ser multiplicado por 1,5.

Colesterol LDL = Colesterol Total – Colesterol no Sobrenadante

Cp = Concentração do Padrão (Ver concentração do Padrão indicada no rótulo do frasco)

Ct = Concentração do Teste Absorbância do Padrão = Ap Absorbância do Teste = At

Calcular a concentração do teste através do Fator de Calibração (FC).

FC = Cp ¸ Ap Ct = FC x At x 1,5

Exemplo: Cp = 200 mg/dL Ap = 0,310 At = 0,131 FC = 200 ¸ 0,310 = 645

Ct = FC x At = 645 x 0,131 x 1,5 = 127 mg/dL de colesterol no sobrenadante

Colesterol LDL = Colesterol total - Colesterol no sobrenadante (HDL + VLDL)

Se Colesterol Total da amostra = 266 mg/dL LDL colesterol = 266 - 127 = 139 mg/dL

RESULTADOS

Unidade de Medida: mg/dL

Fator de Conversão de Unidades (mg/dL para SI): mmol/L de LDL = mg/dL de LDL x 0,026

CONTROLE DA QUALIDADE

Materiais

Identificar os materiais de controle interno e externo da qualidade, citando fabricante e número de catálogo.

Referenciar POP para limpeza e secagem dos materiais utilizados.

Controle Interno

Descrever a calibração periódica de pipetas, equipamentos utilizados, controle de temperatura ambiente e geladeiras para armazenamento dos kits.

Citar a utilização de soros controles (nível normal –código --------- e patológico –código -------) nas análises realizadas juntamente com a freqüência da utilização dos mesmos. Descrever o procedimento de verificação de novos lotes de controles e reagentes.

Citar POP para controle interno.

Controle Externo

Descrever os procedimentos utilizados nas avaliações de qualidade feitas por programas de comparação entre laboratórios ou outros controles de qualidade: PNCQ-SBAC e/ou PELM-SBPC

Gerenciamento dos dados obtidos no Controle Interno e Externo

Definir como os dados de controle são arquivados e gerenciados.

Fazer referência ao manual ou POP de garantia da qualidade.


VALORES DE REFERÊNCIA

Colesterol

Valor Desejável (mg/dL)

Risco Moderado (mg/dL)

Alto Risco (mg/dL)

Total

<>

200 a 239

³ 240

LDL

<>

130 a 159

³ 160

HDL (m)

> 55

35-55

<>

HDL (f)

> 65

45-65

<>

m = sexo masculino f = sexo feminino


SIGNIFICADO CLÍNICO

As lipoproteínas de baixa densidade (LDL = Low Density Lipoproteins) são as principais proteínas de transporte do colesterol. É a partícula mais aterogênica do sangue, pois contém cerca de dois terços de todo colesterol plasmático. São formadas na circulação a partir das VLDL (lipoproteínas de muito baixa densidade) e provavelmente, pela degradação dos quilomicrons.

A determinação da fração do colesterol ligado à LDL é útil na avaliação do risco de doença coronariana.

A taxa de Colesterol LDL é portanto, um fator de risco direto com a doença arterial coronariana (DAC), isto é, quanto maior o seu teor na circulação maior é a probabilidade do indivíduo desenvolver essa doença. Valores elevados de Colesterol LDL estão associados com risco aumentado de DAC.

Ao contrário, o Colesterol HDL está relacionado inversamente com o fator de risco, isto é, quanto maior o seu teor na circulação menor o risco de DAC. O Colesterol HDL exerce um efeito protetor contra a aterosclerose. O colesterol juntamente com o fumo, hipertensão e intolerância à glicose são quatro grandes fatores para o desenvolvimento da DAC.

Valores aumentados de LDL são encontrados em diabetes melito, hipotireoidismo, hepatopatias, doença de Cushing, hiperlipoproteinemia do tipo II, síndrome nefrótica, gravidez, mieloma múltiplo, uso de drogas como esteróides anabólicos, anticoncepcionais orais, catecolaminas, corticosteróides glicogênicos, anti-hipertensivos betabloqueadores, carbamazepina.

VALORES CRÍTICOS

Não Aplicável.

LINEARIDADE E LIMITE DE DETECÇÃO

Linearidade: A reação é linear até o valor de 1000 mg/dL (26 mmol/L). Para valores maiores, diluir a amostra a ½ com NaCl 150 mmol/L (0,85 g%) e realizar nova medição. Multiplicar o valor obtido por 2.

Limite de detecção: O limite de detecção encontrado para o kit é de 0,45 mg/dL (0,01 mmol/L).

LIMITAÇÕES DO MÉTODO

Os resultados deverão ser usados em conjunto com informações disponíveis da avaliação clínica e outros procedimentos diagnósticos.

Interferências

A lipemia (triglicérides até 1000 mg/dL) não interfere. A hemólise (hemoglobina acima de 500 mg/dL) e bilirrubina (acima de 10 mg/dL) podem interferir.

Alguns medicamentos e substâncias podem interferir4.


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